Linfedema

O que é?

O linfedema é uma doença crónica causada pela acumulação de líquido linfático ou linfa nos tecidos da superfície do corpo.

O sistema linfático conduz a linfa pelo corpo e ajuda no combate de infeções. Se os vasos ou gânglios forem lesados ou removidos, a linfa pode acumular-se provocando um inchaço ou edema, afetando quase sempre as pernas e, em raras ocasiões, os braços.

Quais os sintomas?

As pessoas afetadas pelo linfedema não desenvolvem sintomas imediatos, por vezes só ocorrem 15 anos ou mais após uma lesão no sistema linfático.

Quando estes ocorrem o paciente normalmente sente um inchaço que começa nas mãos ou pés e progride em direção ao tronco, sensação de peso ou aperto nos membros, menor flexibilidade do punho ou tornozelo e marcas ou espessamento da pele quando pressionada.

Como prevenir?

Quem tem risco de desenvolver linfedema, pode e deve tomar medidas para o prevenir.

Quem tem linfedema ligeiro, deve adotar hábitos que impeçam o agravamento da doença, como lavar e hidratar regularmente o membro afetado, não andar descalço, não cruzar as pernas quando sentado e evitar esforços com pesos.

Além destas medidas, quem tem risco de linfedema deverá evitar injeções e medições da pressão arterial no membro afetado.

Quais os tratamentos?

O linfedema é uma doença crónica que não tem cura e causa um desconforto físico e também psicológico ao paciente. Contudo tem tratamento e se, diagnosticado de forma precoce, evita-se as suas principais complicações. Quem tem risco de desenvolver linfedema, pode e deve tomar medidas para o prevenir.

O tratamento é individual, depende do estado da doença, do tempo de evolução e do doente em questão.

Não existe medicação que cure o linfedema. No entanto, podem ser prescritos fármacos para tratar problemas associados. Por exemplo, os antibióticos têm um papel importante no combate a infeções que poderiam agravar o linfedema.

As substâncias linfocinéticas também têm a capacidade de aumentar a circulação dos vasos linfáticos e assim melhorar os sintomas.

Através de sessões de fisioterapia (drenagem linfática manual), é possível melhorar e estimular, por meio da “massagem”, o sistema linfático enfraquecido.

Outros métodos terapêuticos incluem exercícios específicos realizados aquando da utilização de meias ou ligaduras de compressão e, a utilização de bombas externas para ajudar no movimento dos líquidos ao longo do corpo.

A cirurgia é geralmente indicada para casos em que não houve melhora dos sintomas com os medicamentos e/ou com a drenagem linfática manual.

A cirurgia poderá ser recomendada para remover tecido em excesso, se o membro se tornar de tal forma grande e pesado que interferira com a capacidade de o mover.

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